Bartleby entre as duas mortes
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v11.4925Resumen
Esta pesquisa faz uma análise da personagem Bartleby, do conto “Bartleby, o escriturário” (2012), escrito por Herman Melville. O foco é própria personagem e analisanda a partir da negatividade žižekiana situada entre a interpretação de Agamben (2015), Bartleby como o ser em potência, e a leitura patológica de Byung-Chul Han (2017). Esta análise considera que o escriturário é impedido de se configurar como sujeito por ser a pura subjetividade, de acordo com a teoria Lacaniana e, conforme Slavoj Žižek (2008; 2013; 2017), está no nível zero da humanidade. Assim, na diegese da obra, Bartleby é o Real sem a verdade Simbólica, sem uma estrutura de vida que possa ser organizada em uma narrativa. Sua experiência com o mundo não é traumática pela falta do embate entre o ideal do Eu e o Eu ideal. Na narrativa de Melville, o simbólico não mutila o Real, mas o Real mutila o simbólico.
Palavras-chave: Bartleby; Materialismo lacaniano; Giorgio Agambem; Slavoj Žižek.
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