Biopolítica, desenvolvimento e a exclusão da vida severina

Autores/as

  • Jaciel Santos Karvat Universidade do Contestado
  • Jairo Marchesan Universidade do Contestado
  • Krishna Schneider Treml Universidade do Contestado
  • Sandro Luiz Bazzanella Universidade do Contestado

DOI:

https://doi.org/10.24302/prof.v9.4443

Resumen

O objetivo deste artigo é compreender o controle e a violência exercida pelo Estado por meio de instrumentos e da racionalidade dos dispositivos jurídicos, econômicos e políticos, e suas implicações sobre o desenvolvimento regional. O artigo está fundamentado na literatura agambeniana, numa relação intrínseca com a vida mencionada no poema de João Cabral de Melo Neto. Mediante a leitura dos versos e com embasamento nos ensinamentos do filósofo italiano Giorgio Agamben, faz-se permissível estabelecer uma relação ambígua e complexa na qual o Estado – alicerçado em injunções jurídicas e dispositivos econômico-políticos – exerce violência institucionalizada que não somente determina condutas, mas segrega o povo, provoca constantes ameaças, dirige e traça premissas financeirizadas à população humana, sob a obsessão de um modelo econômico desenvolvimentista. Esse modelo econômico governa, por meio de um aparato jurídico e burocrático, a vida e a morte dos seres humanos, e é tão ávido que se liquefaz ao projeto biopolítico, transformando a vida humana em vida meramente biológica, especialmente nas populações periféricas. A violência atrelada à lei e a este processo contamina todas as novas instituições, projetos e injunções, inclusive projetos e ações de desenvolvimento, nas suas mais diversas adjetivações.

Palavras-chave: Biopolítica; Economia; Desenvolvimento; Violência.

Biografía del autor/a

Jaciel Santos Karvat, Universidade do Contestado

Mestrando no Programa de Mestrado Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UnC) – Campus Canoinhas/SC, Brasil. Bolsista do Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior – Fumdes.

Jairo Marchesan, Universidade do Contestado

Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professor do Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado (UnC) – Campus Canoinhas. Santa Catarina. Brasil.

Krishna Schneider Treml, Universidade do Contestado

Doutoranda em Desenvolvimento Regional pela Universidade do Contestado (UnC). Mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade do Contestado (UnC) – Campus Canoinhas/SC, Brasil. Graduada em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali).

Sandro Luiz Bazzanella, Universidade do Contestado

Doutor em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professor do Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional Universidade do Contestado (UnC) – Campus Canoinhas. Santa Catarina. Brasil.

Publicado

2022-12-15

Cómo citar

Karvat, J. S., Marchesan, J., Treml, K. S., & Bazzanella, S. L. (2022). Biopolítica, desenvolvimento e a exclusão da vida severina. Profanações, 9, 481–501. https://doi.org/10.24302/prof.v9.4443

Número

Sección

Artigos