Desenvolvimento e gênero: a misoginia estrutural na sociedade e no trabalho contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v12.5608Resumo
O presente artigo analisa como a ideologia do desenvolvimento, formulada como política de Estado nos Estados Unidos, estrutura-se de forma misógina. Para isso, utilizou-se um referencial teórico baseado em autores como Nancy Fraser, Henri Lefebvre e Perrot, entre outros, para compreender o desenvolvimento como força ideológica em dois períodos distintos: de 1850 a 1990, e da década de 1990 até os dias atuais. Metodologicamente, realizou-se uma análise histórica e crítica, considerando textos acadêmicos, relatórios e dados estatísticos que evidenciam a violência contra as mulheres como elemento intrínseco ao modelo capitalista de acumulação de riqueza. O estudo argumenta que o desprezo e a violência contra as mulheres não são subprodutos do desenvolvimento, mas bases essenciais à sua ideologia, intensificando-se com os avanços técnicos e tecnológicos. Assim, destaca-se a necessidade de problematizar as interseções entre desenvolvimento, opressão de gênero e exploração econômica, com o objetivo de promover maior equidade social.
Palavras-chave: desenvolvimento, gênero, misoginia, trabalho contemporâneo.
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