Direito e violência soberana na sagração da primavera de Stravisnky
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v9.4410Resumo
Esta pesquisa objetiva estabelecer uma relação entre o direito e a obra “A Sagração da Primavera” de Igor Stravinsky. Com a coreografia de Nijinsky e o figurino de Roerich, o balé foi uma obra artística revolucionária do início do século XX, que narra um ritual tribal de sacrifício de uma jovem virgem para os deuses, em troca da proteção das colheitas após um rigoroso inverno na Rússia. Violência e esperança, delicadeza e brutalidade combinam-se de modo surpreendente tanto na música, quanto na coreografia. O sacrifício da vida individual para garantir, paradoxalmente, a vida da comunidade. Como metodologia, esta investigação utiliza algumas categorias conceituais de Giorgio Agamben, como a noção de estado de exceção, campo e bando, para uma interpretação jurídica da obra de Stravinsky para o direito contemporâneo, bem como a técnica de revisão literária. Como resultado, observa-se que a mesma ambivalência presente na relação entre sacrifício e esperança da “Sagração da Primavera” também se encontra na contemporânea relação entre direitos fundamentais e biopolítica, entre vida sacra e vida sacrificável, cuja unidade é a vida nua.
Palavras-chave: Direito e arte. Direito e música. Sagração da Primavera. Le sacre du printemps. Igor Stravinsky.
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