Necrópole da vida nua
Paralelismos entre Agamben e Pahor
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v7i0.2966Resumo
O artigo constrói pontes de reflexão entre a filosofia de Giorgio Agamben e a literatura de Boris Pahor. O ponto de partida é a mudança da relação entre zoe e bios na modernidade. O objetivo é desenvolver a metáfora da cidade como campo de concentração e da vida exposta à morte. Desse modo, será possível compreender a despolitização moderna e a perda da liberdade. Ao final, aparecem testemunhos de esperança frente à impotência e as novas formas de controle social. Como abordagem metodológica, foi escolhida a revisão bibliográfica a partir dos clássicos da filosofia política. Nesse sentido, o texto tem a seguinte estrutura: na primeira parte, expõe a perspectiva dos gregos sobre as categorias ontológicas do público e do privado. Depois, em um segundo momento, demonstra as mudanças estabelecidas na modernidade entre política e natureza. Esta linha de argumentação aproxima as reflexões realizadas pelo filosofo italiano e pelo escritor esloveno, pois ambos desvelam as catástrofes do século XX nos campos de concentração. Boris Pahor é um sobrevivente, mas ele está em conformidade com os textos de Agamben, sobre as dificuldades de testemunhar, de dizer o indizível. A política do extermínio estabelece a perda da dignidade humana, mas também o peso dessas memórias.
Palavras-Chave: Política. Modernidade. Agamben. Pahor.
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