A alteridade arendtiana como contraponto da banalidade do mal e da intolerância contra LGBTIS
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v7i0.2206Resumo
A pesquisa objetiva analisar as causas da intolerância e da violência contra o grupo LGBTI que resultam na morte de várias pessoas na sociedade brasileira, através da análise de teorias formuladas por Hannah Arendt, como “banalidade do mal” e “alteridade”. Para tanto, parte da conceituação de banalidade do mal; relacionando esse conceito e a intolerância à diversidade de gênero, com dados que quantificam a violência contra LGBTIs; e, por fim, pondera sobre a alteridade composta por Arendt. Quanto à metodologia, usou-se a dedutiva; compreendendo a banalidade do mal e a intolerância de gênero, chegar-se-á à intervenção contra esse fenômeno, a alteridade. Ademais, também se utilizou a pesquisa bibliográfica, foram examinados livros, artigos e legislação. Como resultado, a intolerância de gênero é uma das formas da banalidade do mal, ou seja, se dá através de discursos de ódio alvos de irreflexões e propagados cotidianamente por pessoas comuns que não possuem capacidade de pensar autonomamente. Isso oferece risco ao Estado Democrático, por ir contra seus princípios. Nesse viés, Arendt propõe a alteridade como ruptura ao mal trivial, também podendo ser usada na quebra da intolerância de gênero; segundo ela, os homens só evoluem quando convivem com pessoas diferentes de si, a alteridade seria a consciência disso e a aceitação do outro como diferente.
Palavras–chave: Intolerância a LGBTIs. Banalidade do mal. Alteridade.